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História da
Depressão

Tempo de leitura: 10 min

Escrito por:
Pablo Arcangelo

O primeiro caso

No mundo ocidental, quem primeiro notou características depressivas e as sistematizou em torno de um nome foi Hipócrates, considerado o pai da medicina, no século 4 a.C. Ele cunhou o nome melancolia a partir de duas outras palavras: mêlas = negro e kholê = bile. Melankholia significa portanto “bile negra”, segundo ele, um dos 4 humores que constituem o corpo humano – os outros seriam a bile amarela , o sangue e a fleuma. No texto intitulado Da Natureza do Homem, Hipócrates (ou seu genro Polibeu, não se sabe ao certo) estabelece uma correspondência entre os 4 humores, as 4 estações do ano e as 4 características fundamentais da matéria (quente, fria, seca e úmida). A cada um dos humores ele relacionou um sintoma psicológico. Em seu estado normal, o homem teria os 4 bem equilibrados. O problema se daria em casos de excesso de um ou de outro. Bile amarela demais causaria um temperamento raivoso, da mesma maneira que a bile negra em abundância provocaria a depressão. “Se a tristeza e a angústia não passam, o estado é melancólico”, disse Hipócrates em seus Aforismas.

Idade Moderna

Na era moderna, testemunha-se o período de transição da percepção da melancolia baseada no modelo humoral galênico para a ciência moderna, na qual a alquimia é substituída pela química e os humores são substituídos por nervos. Dentre as principais contribuições, sobressai-se a obra do italiano Marsílio Ficino (1433-1499), intitulada Três livros da vida, na qual ele apresenta o seu aprendizado sobre as causas e curas das doenças e oferece aconselhamentos sobre saúde e bem-estar.

Século XX

Já no final do século XIX, Kraepelin (1855 a 1926) forneceu um conjunto de contribuições que fundamentaram o diagnóstico psiquiátrico da Era Moderna. Tais contribuições continuaram no século XX, após observações minuciosas do curso de diferentes Manifestações psiquiátricas. A partir dessas observações, o autor diferenciou os transtornos do humor da dementia praecox (esquizofrenia), desafiando a então influente hipótese da psicose unitária de Griesinger. Kraepelin também usou de forma pioneira o termo “ estados depressivos” para incluir vários tipos de melancolia, que resultou no uso consagrado da terminologia “depressão” a partir da segunda metade do século XX.

​    Referências Bibliográficas

  • Super Interessante

https://super.abril.com.br/historia/historia-da-depressaono-canto-da-vida/

  • Artigo - Depressão ao longo da História

https://www.larpsi.com.br/media/mconnect_uploadfiles/c/a/cap_01_72_.pdf

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